08/ 06 / 2019 - Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura
Considerações sobre novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura
Para iniciar e nortear nossa visão sobre letramento numa perspectiva digital, consideremos a reflexão sobre o tema proposto pela autora Magda Soares:
Levado a efeito, em geral, por meio do processo de escolarização e, portanto, da instrução formal. A alfabetização pertence, assim, ao âmbito do individual. O letramento, por sua vez, focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. Entre outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um sistema de escritura de maneira restrita ou generalizada; procura ainda saber quais práticas psicossociais substituem as práticas “letradas” em sociedades ágrafas. (Idem, 1988, p. 9, e 1995, p. 9-10).A partir dessa perspectiva, podemos compreender que as práticas de ensino à leitura e a escrita formal de códigos (leitura de palavras) são antecedidas pela leitura de mundo e devem ser desenvolvidas em consonância uma à outra. Quando percebe-se que o mundo do iletrado é composto por inúmeros códigos diários que o mesmo já tem o contato e precisa decifrar para relacionar-se e comunicar-se, a partir dai pode-se desenvolver a leitura e a escrita. O autor Paulo Freire já nos brindava com suas reflexões acerca dessa temática, trazendo referências sobre a leitura de mundo e de vida que cada indivíduo traz consigo. Nos dias de hoje, nada mais atual do que obter essa visão ampla do educando, pois quando consideramos o seu mundo e seus saberes, sabemos de onde partir e poderemos efetivamente desenvolver a alfabetização em conjunto a leitura de mundo.
SOARES, Magda. Novas Práticas de Leitura e Escrita: Letramento na Cibercultura. Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em 26 Mai. 2019.
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