08/ 06/ 2019 - Leitor ubíquo e suas consequências para a educação
Reflexões a respeito de Leitor ubíquo e suas consequências para a educação
O homem é inventor de si mesmo e nessa arte de inventar e reinventar-se aprende, reaprende, erra e acerta. Há uma estreita relação entre o conhecimento aprendido e o uso das tecnologias, essa relação, pode-se dizer, sempre foi conflituosa e pôs em xeque todo novo conhecimento produzido por quem nunca contentou-se em apenas reproduzir saberes.
Nossos antepassados contemplavam as estrelas e perdiam-se em admirá-las, mas com o passar do tempo, foram surgindo outros objetos para serem contemplados. E o homem imerso em cada novo objeto foi modificando seus hábitos...a comunicação foi se modificando surgiu a escrita e o ser humano sentiu a necessidade de expressar, ver, ouvir, admirar e compartilhar conhecimento e tornou-se leitor:
"Assim, o leitor contemplativo é o leitor meditativo da idade pré-industrial1 , da era do livro impresso e da imagem expositiva, fixa. Esse leitor nasceu no Renascimento e perdurou até meados do século XIX. O segundo tipo de leitor é filho da revolução industrial e do aparecimento dos grandes centros urbanos: o homem na multidão, que foi lindamente retratado pelo escritor norte-americano, Edgar Allan Poe, no seu conto com o mesmo título. É, portanto, o leitor do mundo em movimento, dinâmico, das misturas de sinais e linguagens de que as metrópoles são feitas. Esse leitor nasceu também com a explosão do jornal e com o universo reprodutivo da fotografia, cinema e manteve suas características básicas quando se deu o advento da revolução eletrônica, era do apogeu da televisão. O terceiro tipo de leitor é aquele que brotou nos novos espaços das redes computadorizadas de informação e comunicação". (p. 29)
Sobre tudo isso na era digital!? O leitor apenas mudou de objeto de informação!
Triste é saber que quanto mais o mundo avança para o bem,
também pode avançar para o mal
e hoje na era digital quanto mais conhecimento a gente tem,
mais difícil parecer ser normal...
Não dá pra aceitar que só existem dois lados....
Onde um é leitor, inteligente, envolvido
E o outro por não ser da mesma tribo é considerado um atrapalhado
Não dá mais para aceitar que exista apenas um lado todo certo e um lado todo errado:
Seja para ler, escrever, torcer,
seja para viver, seja para escolher
Esse mundo que separa o esperto do concordado
Não me serve e nem deve ser admirado
Se somos nós os semeadores do conhecimento
Que ao menos ele possa ser discutido, compartilhado, pensado e até modificado
Por que não há dor maior do que ter seu conhecimento ignorado...
seja ele digital ou analogicamente criado.
Referências
SANTAELLA, Lucia. Leitor ubíquo e suas consequências para a educação. In: TORRES, Patrícia Lupion (Org.). Complexidade: redes e conexões na produção do conhecimento. Curitiba: SENAR - PR., 2014b. p. 27-44. Disponível em: ˂http://moodle.vacaria.ifrs.edu.br/pluginfile.php/7193/mod_resource/content/3/2_01_O-leitor-ubiquo.pdf˃. Acesso em: 26 Mai. 2019

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